“Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus” (Mateus 5:8).
Estamos nos dias de carnaval, e o mundo lá fora grita: “Tudo é permitido!”. É uma “festa da carne”, onde o prazer manda e os limites somem. Mas será que é só uma celebração secular? Não mesmo! O carnaval tem raízes religiosas — um eco das festas pagas como as saturnais romanas (festivais celebrados em honra a Saturno, o deus da agricultura e do tempo. Eram caracterizadas por festas, banquetes e uma grande inversão social, onde as hierarquias tradicionais eram temporariamente suspensas: escravos podiam comer e se divertir ao lado de seus senhores, e um “rei das Saturnais” era escolhido para dar ordens festivas) ou as bacanais gregas (festivais religiosos da Antiguidade dedicados a Baco, o deus do vinho e do êxtase, essas celebrações envolviam rituais secretos, consumo de vinho, danças frenéticas e, muitas vezes, práticas consideradas excessivas e libertinas), dedicadas aos deuses do vinho e do hedonismo (pensamento que define o prazer como o principal objetivo da vida humana). Até na Idade Média, a Igreja Católica o tolerou como um “adeus à carne” antes de Quaresma, mas logo ele trocou a liturgia cristã pelo prazer sem freios. Hoje vemos sensualidade, excessos e uma busca desenfreada por alegria que acaba em vazio.
Mas Jesus nos chama algo diferente. Em Mateus 5:8, Ele diz que os puros de coração verão a Deus e o apóstolo Paulo reforça isso em 1 Tessalonicenses 4:7: “Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade”. O carnaval pode parecer liberdade, mas a Bíblia o chama de “obras da carne” (Gálatas 5:19-21) — coisas que nos afastam do Reino de Deus. João Calvino disse que nosso coração sempre busca algo para adorar. No carnaval, o mundo adora o prazer; mas nós, cristãos, adoramos o Criador.
Não me entenda mal: “quem pula carnaval não é pior que nós”. Sem Cristo, estaríamos todos perdidos na mesma festa! Mas fomos resgatados para uma vida diferente. Filipenses 4:8 nos manda pensar em tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude e se há algum louvor, nisso pensai. Já Efésios 5:3-5 alerta que a imoralidade e a impureza não têm lugar entre os santos. C. S. Lewis, em seu livro Cristianismo Puro e Simples, compara os prazeres do mundo a brinquedos quebrados quando Deus nos oferece um tesouro eterno. Por que trocar a alegria de Cristo por confetes que o vento leva?
Nosso desafio é claro: escolher a pureza. Escolher uma vida de pureza não se trata de julgar quem festeja, mas de mostrar com sua vida que está caminhando com Cristo, que o filho de Deus é o senhor de sua vida, demonstrar a todos os que estão acorrentados a um estado de morte, acreditando que são felizes, que existe um caminho melhor. Afaste-se do carnaval, não por arrogância, mas por amor a Deus. Oremos por nossa cidade, por nossos amigos e familiares que ainda não conhecem Jesus, para que a graça de Deus os alcance. Seja luz onde há trevas, mostrando que nossa alegria vem de Jesus Cristo, nosso Salvador.
Senhor amado, obrigado por me chamar à pureza em um mundo de impureza. Perdoa-me por vezes em que me atraí pelo brilho de todas as coisas que ofendem a Ti. Dá-me um coração puro para Te ver e coragem para viver em santidade. Oro por aqueles que festejam hoje, abraçados à morte eterna, vivendo em gigantesca ilusão, que Teu amor os alcance. Use-me como testemunha da Tua graça, para que outros conheçam a verdadeira alegria em Cristo.
Somente Cristo!
Pr. Reginaldo Soares.
Vivemos dias difíceis, precisamos pedir ao Senhor sabedoria vinda dos altos céus para sabermos identificar e separar aquilo que nos aproxima, e o que nos separa de uma vida pura e santa diante de Deus. Infelizmente, os meios de comunicação nos coloca no mesmo local se não tivermos o cuidado necessário, um exemplo para isso é o de não ir ao desfile das escolas de samba, porém, permitir que elas entrem em nossas casas como se fosse uma atração corriqueira, com direto a torcida e a anotações, isso também é participar do mesmo banquete. Falo por experiência própria. Hoje graças a Deus, minha visão mudou, e consigo perceber o quanto muitas vezes ignoramos algumas coisas, mas fazemos outras que, se pesadas em uma balança teriam o mesmo peso. Glória ao Senhor, que mudou o meu olhar e a forma de ver determinadas coisas. Oremos para que o senhor afaste de nós a rebeldia de achar que ” não tem nada a ver”. Somos filhos do Deus altíssimo, separados para propagar o seu amor através da sua palavra , do testemunho diário de nossas vidas para o louvor da sua glória.
Olá, Marcia.
Que nosso Senhor dirija você na sua caminhada de santidade.