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Os fundamentos da interpretação bíblica. Supere os desafios temporais, culturais e linguísticos com princípios sólidos e práticas.

PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

Posted on 21 de agosto de 202521 de agosto de 2025 By Reginaldo Nenhum comentário em PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO BÍBLICA

“Se Interpretarmos o texto bíblico da maneira errada, pregaremos e ensinaremos aqueles que nos ouvem, o que nosso Senhor não ensinou. Se alguém fala, faça-o como quem transmite a palavra de Deus.”

A Sagrada Responsabilidade de Interpretar as Escrituras

Há poucos privilégios tão sublimes quanto segurar em nossas mãos a palavras de Deus. A Bíblia não é meramente uma literatura antiga ou sabedoria humana refinada. É a revelação do coração divino, registrada em linguagem humana para que possamos conhecer seu Criador infinito.

Contudo, este privilégio carrega consigo uma responsabilidade solene. Como observou o eloquente Padre Antônio Vieira em seu célebre Sermão da Sexagésima, “as palavras de Deus, ditas no sentido em que Deus não as disse, são palavras do diabo”. Esta advertência ecoa através dos séculos, lembrando-nos que a interpretação bíblica não é exercício casual, mas sagrada vocação que demanda reverência, humildade e diligência.

A correta interpretação do texto bíblico levara a uma fiel exposição da Palavra de Deus.

Os Abismos que Precisamos Transpor

O Distanciamento Humano: Atravessando Milênios de História

A interpretação bíblica enfrenta desafios únicos decorrentes da natureza humana das Escrituras. Como uma ponte que se estende sobre vastos abismos, precisamos reconhecer as distâncias que nos separam do mundo bíblico.

O abismo temporal nos confronta primeiro. Quatro milênios separam-nos dos primeiros textos sagrados, dois mil anos nos distanciam da conclusão do cânon. Este intervalo cronológico não é mero detalhe acadêmico – ele significa que lemos palavras escritas em eras cujos ritmos, preocupações e cosmovisão diferem radicalmente dos nossos.

O abismo cultural revela-se igualmente desafiador. As Escrituras emergem do Antigo Oriente Médio, permeadas por influências judaicas, helênicas e romanas que já não existem. Costumes matrimoniais, práticas agrícolas, estruturas sociais – tudo isso forma o tecido no qual a revelação divina foi bordada. Ignorar esse pano de fundo é como tentar compreender uma sinfonia ouvindo apenas fragmentos isolados.

O abismo linguístico adiciona outra camada de complexidade. Hebraico, aramaico e grego koiné, línguas que carregam nuances, jogos de palavras e estruturas de pensamento irrecuperáveis na tradução. Por mais excelentes que sejam nossas versões modernas, elas são janelas através das quais vislumbramos, não espelhos que refletem perfeitamente.

O abismo autoral completa este quadro desafiador. Não podemos consultar Moisés sobre suas intenções em Gênesis, nem esclarecer com Paulo as complexidades da Epístola aos Romanos. Os autores humanos partiram há milênios, deixando-nos suas palavras como herança preciosa, mas silenciosa.

O Distanciamento Divino: O Infinito Falando ao Finito

Mais profundo que qualquer abismo humano é o que separa o Criador de sua criação. A interpretação bíblica lida não apenas com texto antigo, mas com a Palavra do Deus eterno, santo e infinito, comunicada a criaturas limitadas e marcadas pelo pecado.

Este distanciamento não é meramente intelectual – é moral e espiritual. O pecado não apenas corrompe nossas ações; ele obscurece nosso entendimento. Como óculos embaçados distorcem a visão, nossa natureza caída distorce nossa percepção da verdade divina. Por isso, a interpretação bíblica jamais pode ser exercício puramente acadêmico.

A Ponte Sobre os Abismos: Oração e Trabalho

João Calvino, com sua sabedoria reformada, nos ensinou o caminho: orare et laborare – orar e trabalhar. Esta dupla disciplina forma a ponte sobre os abismos que nos separam da compreensão fiel.

Orare – A oração reconhece nossa dependência absoluta da iluminação do Espírito Santo. Sem ela, permanecemos cegos diante das glórias celestiais. Com ela, descobrimos que o mesmo Espírito que inspirou as Escrituras habita em nós para desvendá-las.

Laborare – O trabalho honra a dignidade da mente que Deus nos concedeu. Análise contextual, estudo das línguas originais, consulta a recursos teológicos confiáveis – tudo isso são ferramentas que o Senhor providenciou para nossa edificação.

Maravilhosamente, descobrimos que a mensagem central das Escrituras, a salvação em Cristo, permanece cristalina mesmo através dos abismos. É como se Deus, em sua misericórdia, houvesse escrito as verdades mais essenciais com tinta indelével, garantindo que nem tempo nem distância cultural pudessem obscurecê-las completamente.

Quando a Palavra se Torna Arma: As Tentações no Deserto

Observe o que diz Mateus 4:1-11 oferece-nos um estudo magistral sobre interpretação bíblica fiel versus distorcida. Após quarenta dias de jejum, Jesus enfrenta três tentações satânicas, cada uma rebatida com citação escriturística.

Primeira tentação – transformar pedras em pães – o diabo apela à necessidade física legítima. Segunda tentação – lançar-se do pináculo do templo – ele próprio cita as Escrituras, distorcendo Salmo 91:11-12 para justificar presunção espiritual. Terceira tentação – adorar o tentador em troca dos reinos – oferece atalho para a glória messiânica.

O que torna este episódio tão instrutivo para a interpretação bíblica é que Jesus responde sempre com fidelidade ao sentido original dos textos que cita. Ele não força as Escrituras a dizerem o que deseja ouvir; permite que elas falem com sua própria autoridade.

O perigo, portanto, não reside em citar a Bíblia, mas em citá-la fora de contexto, com propósitos que contradizem sua intenção original. Como alertou Vieira, tais distorções transformam palavras divinas em instrumentos diabólicos.

Armadilhas Interpretativas: Quando Versículos se Tornam Ídolos

Promessas Mal Compreendidas

Atos 16:31 – “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” – frequentemente é interpretado como garantia automática de salvação familiar. Contudo, o contexto revela que toda a casa do carcereiro efetivamente creu (v. 34), tornando a promessa cumprida, não universal.

Provérbios 22:6 – “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” – é tratado como promessa absoluta quando, na verdade, expressa sabedoria geral sobre influência educacional, reconhecendo que a responsabilidade final permanece com cada indivíduo.

Versículos Fora de Contexto

Salmo 116:15 – “Preciosa é aos olhos do SENHOR a morte dos seus santos” – não celebra a morte, mas expressa o quanto é custosa, valiosa aos olhos divinos a vida de seus filhos. O contexto revela gratidão pela preservação da vida, não glorificação da morte.

Filipenses 4:13 – “Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” – tornou-se versículo motivacional para conquistas pessoais. O contexto (vv. 11-12), porém, revela que Paulo fala sobre contentamento nas privações e sofrimentos, não sobre sucesso material.

Salmo 137:9 – “Bem-aventurado aquele que pegar seus filhos e der com eles nas pedras” – representa não mandamento divino, mas lamento poético diante da brutalidade babilônica. O gênero literário determina a interpretação bíblica correta.

Perigos de uma Leitura Irresponsável

A má interpretação da Bíblia decorre de várias posturas inadequadas:

Basear-se Apenas na Experiência Pessoal: Muitos tomam decisões com base no que “funcionou” para eles, ignorando a orientação bíblica. Isso reflete prepotência, pois a experiência de uma pessoa é limitada diante da complexidade do mundo (7 bilhões de pessoas na atualidade, além das gerações passadas).

Experiências Místicas: Alguns buscam direções em supostas revelações místicas, como “sentimentos” ou “sinais”, sem base bíblica. Isso pode levar a decisões desastrosas, como endividamento ou escolhas sem fundamento.

Seguir a Multidão: Outros seguem modismos ou opiniões majoritárias, sem reflexão. Isso é comparado a seguir uma multidão sem saber o destino, como alguém que entra numa fila sem saber se é para o metrô ou para comprar comida.

Tradicionalismo Cego: Há quem se apegue a tradições sem questioná-las, como esperar uma bênção apostólica específica no culto. Isso limita a compreensão da Bíblia, que deve ser a autoridade final, não as tradições humanas.

Leitura Superficial: Alguns tratam a Bíblia como um “calmante espiritual” ou “horóscopo”, buscando versículos isolados para conforto imediato, sem entender o contexto. Isso leva a decisões baseadas em interpretações erradas, como abrir a Bíblia aleatoriamente e aplicar versículos como “Judas se enforcou” (Mateus 27:5) de forma literal.

A Unidade Literária: Respeitando as Fronteiras do Texto

Compreendendo a Perícope

Toda interpretação bíblica responsável começa com o reconhecimento da perícope – a unidade literária que contém uma ideia completa. Ler versículos isolados é como examinar pixels individuais esperando compreender uma pintura. A beleza e o sentido emergem apenas quando observamos a composição inteira.

Contexto Próximo: O Fluxo da Argumentação

Após identificar a perícope, devemos examinar o contexto próximo – versículos e capítulos circundantes que esclarecem o fluxo argumentativo. É impossível compreender Filipenses 4:13 sem considerar os versículos 11-12, onde Paulo descreve sua experiência de contentamento tanto na abundância quanto na necessidade.

Contexto do Livro: O Propósito Maior

Cada livro bíblico possui temática, audiência e propósito específicos. Entender essas linhas gerais impede leitura fragmentada e garante que cada passagem seja interpretada como parte de um todo orgânico que aponta para Cristo (Lucas 24:27).

O Método que Honra Texto e Contexto

A Abordagem Gramatical-Histórico-Teológica

A Reforma Protestante nos legou o método mais confiável de interpretação bíblica: a abordagem gramatical-histórico-teológica.

Dimensão Gramatical – Analisa significado do vocabulario, estrutura sintática e gênero literário. Poesia demanda leitura diferente de narrativa histórica; parábola não deve ser interpretada como alegoria completa.

Dimensão Histórica – Considera cultura, autor, destinatários e circunstâncias originais. Sem essa base, corremos o risco de projetar nossa realidade contemporânea sobre textos milenares.

Dimensão Teológica – Relaciona cada texto com a totalidade da revelação bíblica, que encontra seu centro em Cristo. Esta dimensão protege contra interpretações que, embora historicamente e gramaticalmente plausíveis, contradizem o ensino escriturístico mais amplo.

Fundamentos para Interpretação Fiel

A Natureza das Escrituras

A interpretação bíblica ortodoxa repousa sobre três pilares: inspiração, infalibilidade e inerrância.

Inspiração. A Bíblia é “soprada por Deus” (2Tm 3:16). Isso significa que o Espírito Santo dirigiu os autores humanos para escrever exatamente o que Deus quis revelar, sem tirar sua individualidade, estilo ou contexto. Moisés, Davi, Paulo e João escreveram em épocas e lugares diferentes, mas todos foram conduzidos pelo mesmo Espírito. A Bíblia não é apenas um livro sobre Deus; é a própria voz de Deus registrada por homens.

Infalibilidade. A Bíblia não falha em cumprir seu propósito. Tudo o que ela ensina sobre fé, vida e salvação é totalmente confiável. Quando Jesus diz em João 10:35 que “a Escritura não pode falhar”, Ele afirma a total confiança na Palavra como guia seguro para a vida. A Bíblia nunca nos conduzirá ao erro em relação à fé e à vontade de Deus.

Inerrância. Nos manuscritos originais, a Bíblia está livre de erros — seja em doutrina, história ou fatos. Os autores bíblicos relataram eventos reais e verdades espirituais sem se enganar ou enganar seus leitores. Tudo o que a Bíblia afirma é verdadeiro. Se parece haver contradição, o problema está em nossa interpretação, não no texto.

As Escrituras são inspiradas por Deus (2 Timóteo 3:16), infalíveis em tudo que ensinam para fé e vida, e inerrantes nos manuscritos originais. A crítica textual moderna confirma a preservação extraordinária do texto bíblico.

O Papel do Espírito Santo

O Espírito Santo ilumina o crente para compreender a Palavra, mas não dispensa esforço humano. Sua obra atual é aplicar as Escrituras já completas ao coração dos fiéis, não revelar novas verdades inspiradas. A interpretação bíblica equilibra dependência espiritual com responsabilidade intelectual.

Reconhecendo Nossos Pressupostos

Todos leem a Bíblia através de “óculos interpretativos”, pressupostos pessoais, culturais e denominacionais. O desafio não é eliminar tais pressupostos (impossível), mas submetê-los continuamente ao próprio texto bíblico, mantendo Cristo como centro interpretativo.

Princípios Práticos para o Leitor Contemporâneo

Gêneros Narrativos e Históricos

São relatos de eventos, pessoas e nações. Seu propósito é registrar a história da intervenção de Deus no mundo.

  • Narrativa Histórica – Relatos de eventos apresentados como fatos literais, como a vida de Jonas, que Jesus interpreta como um acontecimento real. (Mateus 12:40)
  • Genealogia – Registros de linhagens ancestrais que estabelecem a identidade e a descendência de indivíduos ou nações, conectando a história do povo de Deus. (Gênesis 5:1-32)
  • Biografia – Foco na vida e ministério de uma pessoa, como os Evangelhos, que narram os feitos de Jesus, ou o livro de Atos, que descreve a vida e as viagens dos apóstolos. (Atos 9:1-19)
  • Lei – Instruções e regulamentos dados por Deus, divididos em categorias como lei cerimonial, civil e moral. (Levítico 18:1-30)

Gêneros Poéticos e de Sabedoria

Utilizam a linguagem figurada para expressar louvor, lamentação e dar conselhos para a vida prática e moral.

Gêneros Proféticos e de Ensino

Transmitidos por Deus aos Seus profetas e apóstolos, comunicando Sua vontade e revelando o futuro.

  • Profecia – Mensagens diretas de Deus que podem ser de denúncia do pecado, promessa de bênçãos futuras ou avisos de juízo. (Amós 5:1-15)
  • Evangelho – Relatos teológicos da vida, morte e ressurreição de Jesus, escritos com o propósito de apresentar a Ele como o Messias e Salvador. (João 3:16-17)
  • Parábola – Histórias curtas e simples usadas para ensinar uma única verdade espiritual ou moral. Não são alegorias completas, mas focam em um ponto principal. (Lucas 10:25-37)
  • Epístola – Cartas escritas por apóstolos a igrejas ou indivíduos, contendo ensinamentos teológicos, exortações morais e instruções práticas. (Romanos 5:1-11)
  • Apocalíptico – Literatura simbólica e altamente figurada que revela o plano final de Deus através de visões, sonhos e imagens dramáticas, geralmente em períodos de crise. (Apocalipse 13:1-10)

Entender o gênero de cada texto é fundamental para uma interpretação correta. Por exemplo, uma passagem poética deve ser lida de forma diferente de um relato histórico, e uma parábola não deve ser interpretada como uma narrativa literal.

Regras Fundamentais

  1. Reconheça o tema central: A redenção em Cristo perpassa toda a Escritura.
  2. Interprete Escritura com Escritura: Passagens claras iluminam obscuras.
  3. Leia o Antigo à luz do Novo: O Novo Testamento revela o cumprimento das promessas antigas.
  4. Busque a intenção autoral: O que o autor inspirado pretendia comunicar?
  5. Prefira o sentido natural: A menos que o contexto exija interpretação figurada.
  6. Um texto, um sentido: Múltiplas aplicações são válidas, múltiplos sentidos não.
  7. Leia toda a Bíblia: Versículos isolados frequentemente enganam.

Recomendações Práticas

Escolhendo Traduções Adequadas: Equivalência formal (Almeida Revista e Corrigida) mantém estrutura mais próxima aos originais. Equivalência dinâmica (NVI, NAA, ARA) equilibra fidelidade e clareza contemporânea. Paráfrase (NTLH, A Mensagem) oferece leitura mais livre. Comparar versões enriquece a compreensão.

Bíblias Comentadas: Prefira bíblias com comentários, como a Bíblia de Estudo NVT, Bíblia de Estudo NAA, Bíblia de Estudo da Fé Reformada ou a Bíblia De Estudo Thomas Nelson, em vez de bíblias temáticas, que podem direcionar a interpretação de forma limitada.

Literatura de Apoio: Para aprofundamento, estude introduções ao Antigo e Novo Testamento, Teologia do Antigo e Novo Testamento, geografia, arqueologia bíblica, Teologia Sistemática, Comentários Bíblicos e línguas originais (hebraico e grego).

Evite Interpretações Forçadas: Não use a Bíblia como horóscopo ou caixinha de promessas. Leia-a com reverência, buscando compreender a revelação de Deus.

Perguntas que o Leitor Precisa Fazer

Texto

  • Quem escreveu e para quem?
  • Quando e em que circunstâncias?
  • Qual o gênero literário?
  • Qual o sentido mais natural?

Contexto

  • O que antecede e sucede esta passagem?
  • Como se conecta com o restante do livro?
  • Existem paralelos em outras Escrituras?

Mensagem

  • O que revela sobre o caráter de Deus?
  • Como aponta para Cristo e a salvação?
  • O que ensina sobre a condição humana?

Aplicação

  • Há pecado a evitar, promessa a abraçar, mandamento a obedecer?
  • Como esta verdade transforma atitudes e relacionamentos?

Prudência

  • Estou lendo no contexto ou isoladamente?
  • Estou impondo opinião ou permitindo que o texto fale?
  • Minha interpretação harmoniza com o ensino escriturístico central?
  • Como cristãos maduros compreenderam este texto?

Conclusão: A Glória de Deus na Fidelidade Interpretativa

A interpretação bíblica é simultaneamente privilégio sublime e responsabilidade tremenda. Deus escolheu revelar-se através de palavras humanas preservadas ao longo de milênios. Esta condescendência divina merece nossa máxima reverência e cuidado.

Os distanciamentos temporais, culturais, linguísticos e espirituais são reais, mas não insuperáveis. Através de oração fervorosa e estudo diligente, o Espírito Santo continua iluminando as páginas sagradas para corações humildes.

A mensagem central – Cristo crucificado e ressurreto para nossa salvação – brilha com clareza em cada página. As verdades essenciais permanecem acessíveis ao coração sincero, enquanto passagens mais complexas recompensam o estudo paciente com tesouros de sabedoria divina.

Que sigamos o exemplo de nosso Senhor Jesus nas tentações do deserto, permitindo que as Escrituras falem com sua própria voz, em seu próprio contexto, com sua própria autoridade. Que imitemos os bereanos em sua diligência examinadora. E que nossa interpretação bíblica sempre aponte para aquele que é o Verbo eterno, a Palavra final de Deus para a humanidade.

Assim, equipados com reverência e método, humildade e diligência, encontraremos nas Sagradas Escrituras não apenas conhecimento sobre Deus, mas encontro transformador com o próprio Deus que se revela em sua Palavra. Para sua glória e nosso crescimento na graça.

Somente Cristo! Pr. Reginaldo Soares.

Leia também:

  • A Confissão de Fé de Westminster
  • A BÍBLIA É SUFICIENTE – Artigo I.
  • OS CINCO SOLAS DA REFORMA PROTESTANTE

Reginaldo

Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!

Bíblia, Interpretação Bíblica Tags:contexto bíblico, Estudo Bíblico, exegese, hermenêutica, interpretação bíblica, método histórico-gramatical, Palavra de Deus, principios interpretativos, Teologia Reformada

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Meu nome é Reginaldo Soares, sou pastor presbiteriano desde 2000, nos últimos 21 anos pastoreando a IPB Engenheiro Pedreira. Espero poder compartilhar um pouco da boa Palavra de nosso Senhor Jesus Cristo com você.

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Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!

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