Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque. Aquele que acolheu as promessas de Deus estava a ponto de sacrificar o seu único filho, do qual havia sido dito: “A sua descendência virá por meio de Isaque.” Abraão considerou que Deus era poderoso até para ressuscitar Isaque dentre os mortos, de onde também figuradamente o recebeu de volta. Hebreus 11:18-19.
A jornada de Abraão é um testemunho vivo da fé autêntica diante de circunstâncias aparentemente impossíveis. Quando contemplamos sua vida, vemos um homem que podemos descrever como “Um modelo de Fé” — alguém que deveria “igualar-se a dezenas de milhares” se considerarmos a profundidade de sua confiança em Deus.
Pense na magnitude do chamado divino que Abraão recebeu. Ele foi convocado a abandonar tudo o que representava segurança em sua época: sua terra, sua família, seu lar. Como observou R.C. Sproul, “Deus não pediu a Abraão uma fé teórica, mas uma fé que o levasse a uma ação radical de obediência”. Em um mundo em que a identidade e a sobrevivência estavam profundamente ligadas à família e à comunidade, Deus pediu a Abraão que deixasse tudo isso para trás.
E o que encontrou na terra prometida? Fome, hostilidade e lutas constantes. Quando finalmente conseguiu cavar poços para sobreviver, seus vizinhos “de coração feroz” nem mesmo lhe permitiam beber das águas que com tanto esforço havia obtido. Como escreveu Jonathan Edwards, “a fé verdadeira frequentemente cresce mais forte justamente quando as circunstâncias externas parecem mais desesperadoras”.
Após anos de espera, Isaque nasceu – a promessa viva de Deus. Mas as provações não terminaram ali. Primeiro, Abraão precisou mandar Ismael embora, dilacerando seu coração paterno. Depois, enfrentou o pedido divino mais incompreensível: sacrificar Isaque, o filho da promessa. “Abraão considerou que Deus era poderoso até para ressuscitar Isaque dentre os mortos, de onde também figuradamente o recebeu de volta.” Hebreus 11:19. Muito diferente do que a maioria dos cristãos de hoje estão acostumados a pensar, “a fé não é um caminho para evitar todo e qualquer tipo de sofrimento, mas uma força que nos capacita ao campo de batalha e nos sustenta através dele”.
Abraão levantou a faca, pronto para sacrificar aquele que representava todas as promessas divinas. Que confiança extraordinária! Ele estava disposto a obedecer, acreditando que Deus seria fiel mesmo diante do impossível.
O que podemos aprender com Abraão? Sua fé não era apenas uma crença intelectual, mas uma disposição para agir com base na Palavra de Deus, mesmo quando tudo indicava o contrário. Como afirmou John Piper, “a fé genuína não é apenas acreditar que Deus existe, mas confiar que Ele é bom e fiel a Suas promessas”.
Você enfrenta circunstâncias que parecem contradizer as promessas de Deus? Está sendo chamado a dar um passo de obediência que parece ilógico aos olhos humanos? Lembre-se de Abraão. Confie na fidelidade divina, mesmo quando o caminho não parece fazer sentido. Escolha obedecer, não porque tem todas as respostas, mas porque conhece intimamente o Deus que fez as promessas.
“E se cumpriu a Escritura, que diz: “Abraão creu em Deus, e isso lhe foi atribuído para justiça”, e ele foi chamado amigo de Deus.” Thiago 2:23.
Deus eterno e fiel, te agradecemos pelo exemplo de Abraão. Nos perdoe pelos momentos em que nossa fé vacila diante das dificuldades. Ajuda-nos a confiar em Ti como Abraão confiou, disposto a obedecer mesmo quando não compreendia teus caminhos. Que nossas vidas sejam um testemunho da tua fidelidade. Dá-nos coragem para seguir adiante, não pelo que enxergamos, mas pelo que prometeste. Em nome de Jesus, o autor e consumador da nossa fé, amém.
Somente Cristo! Pr. Reginaldo Soares.

Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!