PROMESSAS CUMPRIDAS.

A fé genuína nos permite ver além das contradições temporais e nos firmar nas certezas eternas.

PROMESSAS CUMPRIDAS.

“Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.” SALMO 17:15.

Há uma tensão que todos nós experimentamos como seguidores de Cristo: viver entre promessas já reveladas, mas ainda não totalmente cumpridas. Essa mesma tensão era familiar aos santos do Antigo Testamento. 

Diante das dificuldades da vida, os fiéis do passado voltavam seus pensamentos para Deus, confiando que as bênçãos que ainda não viam estavam guardadas para eles. O salmista Davi expressou essa certeza quando disse: “Eu, porém, na justiça contemplarei a tua face; quando acordar, eu me satisfarei com a tua semelhança.” Sua esperança não era apenas um desejo incerto, mas uma convicção firme.

Jonathan Edwards afirmou: “A fé olha além do horizonte do visível para habitar nas promessas invisíveis de Deus.” É exatamente essa confiança que encontramos nos Salmos. Quando o salmista declara: “Quanto a mim, porém, sou como a oliveira verdejante, na Casa de Deus” (Salmo 52:8), ele não está descrevendo sua situação atual, mas sua verdadeira segurança na promessa de Deus, mesmo em meio às lutas.

Considere a bela imagem do Salmo 92:12-14: “O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor”. O mesmo salmista reconhece que externamente “os ímpios brotam como a erva, e florescem todos os que praticam a iniquidade”, mas seu olhar penetra além das aparências temporais para enxergar a realidade eterna: os ímpios “serão destruídos para sempre”.

“A esperança cristã não é um desejo otimista, mas uma certeza ancorada nas promessas imutáveis de Deus”. Os santos antigos levantavam seus olhos para contemplar a eternidade na presença de Deus e desprezaram as dificuldades e calamidades da vida presente; “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um eterno peso de glória, acima de toda comparação, na medida em que não olhamos para as coisas que se veem, mas para as que não se veem. Porque as coisas que se veem são temporais, mas as que não se veem são eternas.” Eles proclamavam com confiança: “Deus… jamais permitirá que o justo seja abalado” (Salmo 55:22).

Nossa experiência atual não é diferente. Vivemos entre a inauguração do Reino de Deus e sua consumação final. “O Evangelho nos dá tanto uma paciência inabalável no presente quanto uma esperança inquebrantável para o futuro”. – Timothy Keller. Há promessas que já desfrutamos parcialmente agora, mas que aguardamos seu pleno cumprimento.

Hoje, você está enfrentando situações que parecem contradizer as promessas de Deus? Decida olhar para além das circunstâncias atuais. Escolha, como os santos antigos, direcionar sua mente para o que o Rei dos reis dirá: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo”, reconhecendo que o que vemos agora é apenas parte da história. Comprometa-se a viver pela fé nas promessas eternas, não pelo que seus olhos temporais podem ver. A satisfação completa virá quando contemplarmos Sua face e despertarmos em Sua semelhança.

Pai Eterno, obrigado porque tuas promessas são verdadeiras. Perdoa-nos quando nos concentramos mais nas aparentes contradições do presente do que na certeza do teu futuro. Como Davi, queremos aguardar o dia em que contemplaremos tua face e despertaremos satisfeitos em tua semelhança. Ajuda-nos a viver hoje à luz dessa esperança, encontrando forças para perseverar nas dificuldades e coragem para testemunhar de tua fidelidade. Em nome de Jesus, que é a garantia de todas as tuas promessas, amém.

Somente Cristo! Pr. Reginaldo Soares.

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Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!

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