2 Coríntios 5:21. “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.”
O Valor Incomensurável de uma Alma
Em março de 2023, a casa de leilões Christie’s vendeu uma única obra de Pablo Picasso por impressionantes 139 milhões de dólares. O comprador, cujo nome permanece em sigilo, considerou que aquela tela justificava tal investimento. Contudo, por mais valiosa que seja uma obra de arte, ela empalidece diante de uma questão muito mais profunda: qual é o preço da salvação de uma alma humana? Esta pergunta ecoa através dos séculos e encontra sua resposta definitiva na cruz do Calvário, onde se desenrolou a mais extraordinária transação da história – uma transação que determinou eternamente o preço da nossa salvação.
A obra reconciliadora de Deus revelada em 2 Coríntios 5.18-21 nos apresenta uma realidade que transcende qualquer valor terreno. Paulo, escrevendo aproximadamente em 55-56 d.C., durante sua terceira viagem missionária, possivelmente desde a Macedônia, dirigiu-se à comunidade cristã de Corinto com uma mensagem que revolucionaria para sempre nossa compreensão sobre o custo da redenção humana. Nesta passagem, descobrimos não apenas o preço da nossa salvação, mas também os termos precisos da grande transação que Deus realizou na cruz.
A Dívida Impossível: Compreendendo Nossa Condição Diante de Deus
A Magnitude da Nossa Dívida
Para compreendermos adequadamente o preço da nossa salvação, devemos primeiro avaliar corretamente a magnitude da nossa dívida espiritual. Jesus, em uma de suas parábolas mais impactantes, ilustrou esta realidade através de um devedor que devia dez mil talentos ao seu senhor. Esta não era uma cifra escolhida aleatoriamente – representava uma dívida literalmente impagável.
Um talento equivalia a aproximadamente 35 quilogramas de ouro. Dez mil talentos representariam, portanto, 350.000 quilogramas de ouro. Para dimensionar esta quantia astronômica, consideremos que o salário diário de um trabalhador comum era um denário. Para quitar tal dívida com esse salário, um homem precisaria trabalhar ininterruptamente por 150.000 anos.
“O homem é devedor a Deus de uma obediência perfeita à lei moral. Cada transgressão desta lei torna o homem culpado diante de Deus e passível de punição. O pecado não é meramente um erro ou uma fraqueza; é uma ofensa contra a santidade infinita de Deus.”
Charles Hodge, Teologia Sistemática, Editora Hagnos, 2001, p. 447
Esta parábola revela uma verdade fundamental sobre nossa condição espiritual: nosso débito com Deus transcende qualquer capacidade humana de pagamento. Não importa quantas boas obras realizemos ou quão sinceros sejam nossos esforços religiosos – a dívida permanece matematicamente impossível de ser quitada por recursos humanos.
A Natureza Forense da Culpa
O apóstolo Paulo emprega terminologia jurídica precisa ao descrever nossa situação diante de Deus. O termo grego λογισμός (logismos), traduzido como “imputar”, deriva da linguagem comercial e legal, significando “creditar” ou “debitar” em uma conta. Esta linguagem forense revela que nossa relação com Deus não é meramente emocional ou moral, mas fundamentalmente legal.
As Escrituras declaram inequivocamente: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Esta declaração universal estabelece que todo ser humano possui uma dívida impagável no tribunal divino. Como o salmista confessa: “Se observares, ó SENHOR, iniquidades, quem, Senhor, subsistirá?” (Salmo 130.3).
Martinho Lutero, em suas reflexões sobre a condição humana diante da santidade divina, expressa com eloquência esta realidade:
“Quando considero a pureza da lei de Deus e a corrupção da minha natureza, vejo-me como um homem nu diante do inverno mais rigoroso. Não há vestimenta de justiça própria que possa cobrir minha nudez espiritual diante do Deus três vezes santo.”
Martinho Lutero, Comentário à Epístola aos Gálatas, Editora Fiel, 2012, p. 198
O Primeiro Ato da Grande Transação: A Não-Imputação do Pecado
Deus Não Colocou Nossa Dívida em Nossa Conta
A primeira dimensão da obra reconciliadora revela-se na extraordinária declaração paulina: “Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões” (2 Coríntios 5.19). Esta expressão contém uma das mais revolucionárias verdades teológicas: Deus escolheu não colocar nossa dívida impagável em nossa própria conta.
Esta decisão divina não representa negligência com a justiça, mas demonstra a profundidade da sabedoria redentiva. Se Deus tivesse imputado nossos pecados diretamente a nós, a condenação seria inevitável e irreversível. Como declaram as Escrituras: “O salário do pecado é a morte” (Romanos 6.23) e “A alma que pecar, essa morrerá” (Ezequiel 18.4).
A Iniciativa Exclusivamente Divina
O texto enfatiza categoricamente que toda a iniciativa da reconciliação procede “da parte de Deus” (ἐκ τοῦ θεοῦ). Esta expressão elimina qualquer possibilidade de cooperação humana no processo da salvação. A reconciliação não resulta de esforços religiosos, disciplinas espirituais ou méritos pessoais, mas brota exclusivamente da graça soberana divina.
João Calvino, em suas Institutas da Religião Cristã, articula magistralmente esta verdade:
“Toda a nossa salvação e todos os seus elementos estão compreendidos em Cristo. Logo, não devemos derivar a menor porção dela de qualquer outra fonte. Se buscamos salvação, o próprio nome de Jesus nos ensina que ela reside nele. Se buscamos qualquer outro dom do Espírito, eles se encontram em sua unção; se buscamos força, ela está em seu governo; se buscamos pureza, ela reside em sua conceição; se buscamos brandura, ela aparece em seu nascimento.”
João Calvino, As Institutas da Religião Cristã, Editora Cultura Cristã, 2006, Livro II, Capítulo 16, p. 234
O Segundo Ato da Grande Transação: A Substituição Vicária
A Transferência da Dívida para Cristo
O segundo movimento da grande transação revela-se na declaração mais sublime da teologia cristã: “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós” (2 Coríntios 5.21a). Esta expressão descreve o momento histórico quando Deus transferiu nossa dívida impagável para Seu Filho unigênito.
A linguagem paulina é simultaneamente precisa e profunda. Cristo “não conheceu pecado” – o verbo grego γινώσκω (ginosko) indica conhecimento experimental. Jesus permaneceu absolutamente alheio não apenas aos atos pecaminosos, mas à própria natureza e experiência do pecado. Contudo, Deus “o fez pecado” – uma identificação ontológica que transcende mera imputação legal.
O Cálice do Getsêmani: Compreendendo a Angústia de Cristo
A magnitude desta transferência manifesta-se dramaticamente na agonia do Getsêmani. Quando Jesus, prostrado com o rosto em terra, suando sangue e oferecendo forte clamor, suplica três vezes: “Pai, se possível, passa de mim este cálice” (Mateus 26.39), que cálice estava em vista?
Não era meramente o sofrimento físico da crucificação, por mais atroz que fosse. Não eram as traições, negações e abandono dos discípulos. Não eram os açoites, espinhos e cravos. O cálice que provocava tal agonia em Cristo era infinitamente mais terrível: a santa ira de Deus que deveria cair sobre nossa cabeça estava sendo preparada para ser derramada sobre Ele.
Dietrich Bonhoeffer, escrevendo sobre o custo do discipulado, oferece esta reflexão penetrante:
“Cristo carregou nossos pecados. Cristo morreu sob o peso dos pecados do mundo inteiro. Ele morreu uma morte vicária. Nada na vida cristã é automático ou barato. Tudo tem um preço, e esse preço foi pago por Cristo na cruz.”
Dietrich Bonhoeffer, O Custo do Discipulado, Editora Paz e Terra, 2004, p. 89
Este cálice representava a consciência de que Ele, sendo “santo, santo, santo” (Isaías 6.3), seria feito pecado. Sendo eternamente bendito, tornava-se maldição. Sendo objeto da adoração angelical, experimentaria o desamparo do Pai quando bradaria da cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Mateus 27.46).
O Pagamento com Sangue Precioso
A quitação de nossa dívida não se realizou com ouro ou prata, mas, como declara Pedro, “com precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula” (1 Pedro 1.19). Cristo não ascendeu à cruz como vítima de circunstâncias políticas ou religiosas, mas como oferenda voluntária determinada “antes da fundação do mundo” (1 Pedro 1.20).
A voluntariedade do sacrifício de Cristo transparece em suas próprias palavras: “Por isso o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para reassumi-la” (João 10.17-18).
O Clímax da Transação: “Está Consumado!”
A Declaração de Pagamento Integral
Quando Cristo bradou da cruz “τετέλεσται” (tetelestai) – “Está consumado!” (João 19.30), utilizou um termo técnico do comércio grego que significava literalmente “está pago”. Esta palavra era carimbada em documentos comerciais quando uma dívida era integralmente quitada.
O apóstolo Paulo confirma esta realidade em Colossenses 2.14-15: “E, havendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.”
R.C. Sproul, em sua reflexão sobre a suficiência da obra de Cristo, escreve:
“A obra de Cristo foi completa. Não foi um pagamento parcial que requer nossa contribuição para completá-la. Foi um pagamento total, integral e definitivo. Quando Jesus disse ‘Está consumado’, Ele quis dizer exatamente isso – a obra de redenção estava completa.”
R.C. Sproul, A Santidade de Deus, Editora Cultura Cristã, 1997, p. 156
O Terceiro Ato da Grande Transação: A Imputação da Justiça Divina
A Justiça de Cristo Creditada em Nossa Conta
A terceira e culminante dimensão da grande transação revela-se na segunda metade de 2 Coríntios 5.21: “para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus”. Esta expressão descreve a imputação da justiça perfeita de Cristo àqueles que creem.
A doutrina da justificação representa não um processo gradual, mas um ato declarativo instantâneo de Deus. Não possui graus ou estágios – uma pessoa justificada não pode tornar-se “mais justificada”. Este ato ocorre não em nosso interior, mas no tribunal celestial, onde Deus declara o pecador como justo em virtude da obra consumada de Cristo.
A Dupla Imputação
A teologia reformada reconhece na cruz uma dupla imputação: nossos pecados foram imputados a Cristo, e a justiça de Cristo nos é imputada. Esta troca divina constitui o coração da doutrina da justificação pela fé somente.
Agostinho de Hipona, cujas reflexões sobre a graça influenciaram profundamente a teologia cristã, expressa esta verdade com profundidade:
“Ó admirável intercâmbio! O Criador do gênero humano, tomando corpo e alma, dignou-se nascer de uma virgem e, fazendo-se homem sem concurso de varão, deu-nos a sua divindade. Cristo tomou o que era nosso para dar-nos o que era seu.”
Agostinho de Hipona, Confissões, Editora Vozes, 1997, Livro X, Capítulo 43, p. 289
A Segurança Eterna da Salvação
A Impossibilidade de Condenação
Com nossa dívida quitada e a justiça de Cristo creditada em nossa conta, a condenação torna-se impossível. Paulo declara triunfalmente: “Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8.1).
Esta certeza não repousa sobre nossa performance moral ou estabilidade espiritual, mas sobre a obra definitiva de Cristo. No tribunal celestial, nossa conta não apenas deixou de ter débito – possui um saldo infinito: toda a justiça de Cristo.
A Intercessão Contínua de Cristo
A segurança de nossa salvação consolida-se na atual obra intercessória de Cristo à destra do Pai. Como declara Hebreus 7.25: “Por isso também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”
João Piper, refletindo sobre esta realidade consoladora, oferece esta perspectiva:
“A obra de Cristo por nós não terminou na cruz. Ele vive para interceder por nós. Nossa salvação não depende apenas do que Cristo fez, mas do que Ele continua fazendo. Sua intercessão garante que os benefícios de sua morte sejam aplicados e preservados em nossas vidas.”
John Piper, A Paixão de Deus pela Sua Glória, Editora Shedd, 2008, p. 203
O Contexto Histórico da Grande Transação
A Profecia de Isaías 53
A obra substitutiva de Cristo não representou um plano divino de última hora, mas o cumprimento de profecias veterotestamentárias detalhadas. Isaías 53 antecipa com precisão profética a obra do Servo Sofredor:
“Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados” (Isaías 53.4-5).
O Cumprimento dos Tipos Levíticos
Os sacrifícios do Antigo Testamento funcionavam como tipos e sombras da obra consumada de Cristo. O sistema sacrificial levítico, particularmente o ritual do Dia da Expiação (Levítico 16), prefigurava a substituição vicária que seria realizada definitivamente no Calvário.
Herman Bavinck, em sua monumental Dogmática Reformada, explica esta continuidade:
“Todos os sacrifícios do Antigo Testamento apontavam para o único sacrifício perfeito de Cristo. Eles eram sombras; Cristo é a realidade. Eles eram repetidos; o sacrifício de Cristo foi oferecido uma vez por todas. Eles cobriam temporariamente; Cristo remove eternamente.”
Herman Bavinck, Dogmática Reformada, Editora Cultura Cristã, 2012, Volume 3, p. 445
A Aplicação Pastoral da Grande Transação
A Resposta da Fé
A apropriação dos benefícios da grande transação realiza-se mediante a fé. Não uma fé genérica ou intelectual, mas fé específica na pessoa e obra de Cristo. Como declara Paulo: “Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1).
A fé salvadora envolve três elementos essenciais: conhecimento (notitia) dos fatos da redenção, assentimento intelectual (assensus) à veracidade destes fatos, e confiança pessoal (fiducia) em Cristo como Salvador.
A Transformação Ética
Embora a justificação seja forense e instantânea, ela inevitavelmente produz transformação ética na vida do justificado. A declaração “já nenhuma condenação há” não promove licenciosidade, mas motiva santidade grateful.
Eugene Peterson, com sua sensibilidade pastoral característica, captura esta dinâmica:
“A graça não é uma licença para pecar, mas um poder para viver. Quando compreendemos verdadeiramente o preço de nossa salvação, nossa resposta natural não é abusar da graça, mas viver de forma digna do evangelho.”
Eugene Peterson, Uma Obediência Longa na Mesma Direção, Editora Textus, 2005, p. 67
A Dimensão Cósmica da Reconciliação
Reconciliação Universal
O texto paulino revela que Deus estava “reconciliando consigo o mundo” (κόσμον). Esta linguagem indica que a obra de Cristo possui dimensões não apenas soteriológicas, mas cosmológicas. A reconciliação abrange não apenas indivíduos, mas toda a criação afetada pela queda.
Paulo desenvolve esta verdade em Colossenses 1.20: “E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra como as que estão nos céus.”
A Restauração Escatológica
A grande transação não apenas garante salvação individual, mas inaugura a restauração cósmica que culminará na nova criação. A reconciliação realizada historicamente no Calvário será consumada escatologicamente na parousia.
N.T. Wright, em sua obra sobre a ressurreição, oferece esta perspectiva:
“A morte e ressurreição de Jesus não foram apenas sobre o perdão de pecados individuais, mas sobre a renovação de toda a criação. A cruz foi o lugar onde o futuro do mundo foi decidido.”
N.T. Wright, A Ressurreição do Filho de Deus, Editora Academia Cristã, 2013, p. 456
O Convite à Salvação: Apropriando-se da Grande Transação
A Urgência do Momento Presente
Paulo conclui sua exposição da grande transação com um apelo urgente: “Eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação” (2 Coríntios 6.2). Esta urgência não deriva de pressão psicológica, mas da realidade de que a salvação oferecida gratuitamente hoje pode não estar disponível amanhã.
A mensagem da reconciliação não é meramente informativa, mas transformativa. Ela demanda resposta pessoal e definitiva. Como observa Wayne Grudem:
“O evangelho não é simplesmente uma informação para ser compreendida, mas uma oferta para ser aceita. É um convite real de Deus real para pessoas reais em situações reais.”
Wayne Grudem, Teologia Sistemática, Editora Vida Nova, 1999, p. 567
A Decisão Mais Importante
A compreensão adequada do preço da nossa salvação nos confronta com a decisão mais importante que qualquer ser humano pode tomar: render-se a Cristo como Salvador e Senhor. Esta decisão não pode ser postergada indefinidamente nem delegada a terceiros.
O preço foi pago. A dívida foi quitada. A justiça foi imputada. A reconciliação foi oferecida. Resta apenas a apropriação pela fé desta obra consumada.
Conclusão: O Privilégio Incomensurável dos Reconciliados
A grande transação da cruz revela-nos uma verdade que transcende nossa capacidade de compreensão plena: o preço da nossa salvação foi infinitamente superior ao valor de qualquer tesouro terreno. Enquanto obras de arte são avaliadas em milhões, nossa redenção custou o sangue do Filho unigênito de Deus.
Esta realidade deveria produzir em nós não apenas gratidão, mas também uma compreensão renovada de nossa identidade como reconciliados. Não somos meramente perdoados – somos “feitos justiça de Deus”. Não temos apenas nossos pecados cancelados – temos a justiça perfeita de Cristo creditada em nossa conta.
O apóstolo Paulo expressa a magnitude desta realidade em sua doxologia triunfal: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” (Romanos 8.32).
A segurança de nossa salvação não repousa sobre nossa performance, mas sobre a obra consumada de Cristo. No tribunal celestial, nossa causa é defendida pelo próprio Advogado que pagou o preço de nossa defesa com seu precioso sangue.
Que esta compreensão do preço da nossa salvação nos motive a viver de forma digna do evangelho, proclamando a outros esta boa-nova da reconciliação, e aguardando com esperança consumada a consumação de todas as promessas divinas quando Cristo retornar em glória.
Somente Cristo! Pr. Reginaldo Soares.
Leia também:
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- PÁSCOA: DO EGITO À RESSURREIÇÃO
- A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Referências Bibliográficas
Agostinho de Hipona. Confissões. Editora Vozes, 1997. 345 páginas.
João Calvino. As Institutas da Religião Cristã. Editora Cultura Cristã, 2006. 1248 páginas.
Charles Hodge. Teologia Sistemática. Editora Hagnos, 2001. 1800 páginas.
John Piper. A Paixão de Deus pela Sua Glória. Editora Shedd, 2008. 284 páginas.
R.C. Sproul. A Santidade de Deus. Editora Cultura Cristã, 1997. 298 páginas.
Wayne Grudem. Teologia Sistemática. Editora Vida Nova, 1999. 1046 páginas.
Dietrich Bonhoeffer. O Custo do Discipulado. Editora Paz e Terra, 2004. 234 páginas.
Herman Bavinck. Dogmática Reformada – Volume 3. Editora Cultura Cristã, 2012. 789 páginas.
Martinho Lutero. Comentário à Epístola aos Gálatas. Editora Fiel, 2012. 567 páginas.
Eugene Peterson. Uma Obediência Longa na Mesma Direção. Editora Textus, 2005. 201 páginas.
N.T. Wright. A Ressurreição do Filho de Deus. Editora Academia Cristã, 2013. 823 páginas.

Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!