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Entre Sabedoria e Loucura: como o cristão deve usar o celular com discernimento bíblico, transformando tecnologia em ferramenta do Reino.

COMO AS REDES SOCIAIS AFETAM SEU PENSAMENTO

Posted on 20 de junho de 202520 de junho de 2025 By Reginaldo Nenhum comentário em COMO AS REDES SOCIAIS AFETAM SEU PENSAMENTO

“A sabedoria edificou a sua casa, lavrou as suas sete colunas… Quem é simples, volte-se para aqui. Aos faltos de senso diz: Vinde, comei do meu pão e bebei do vinho que misturei. Deixai os insensatos e vivei; andai pelo caminho do entendimento… A loucura é mulher apaixonada, é ignorante e não sabe coisa alguma… E aos faltos de senso diz: As águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável.” Provérbios 9.1, 4-6, 13, 16-17.

A Palavra de Deus nos ensina que toda área da vida humana está sob o domínio de Cristo. Isso inclui nossa relação com a tecnologia. Não podemos separar nossa vida digital de nossa vida espiritual, pois somos chamados a glorificar a Deus em tudo o que fazemos. Abraham Kuyper, Calvinismo, p. 156.

Quantas vezes por dia você pega seu celular? Estudos revelam que a média é de 96 vezes ao dia – quase uma vez a cada dez minutos de vigília. Este pequeno dispositivo que carregamos no bolso tornou-se o portal através do qual duas vozes ancestrais competem pela nossa alma: a Sabedoria e a Loucura.

O escritor de Provérbios não poderia imaginar as redes sociais, mas sua descrição dessas duas mulheres que clamam nas alturas da cidade ecoa com surpreendente precisão no mercado digital de hoje. Ambas dirigem-se ao mesmo público: “quem é simples… aos faltos de senso” – uma descrição que deveria nos humilhar, pois reconhece nossa condição universal de necessidade e vulnerabilidade. A pergunta que nos confronta não é se devemos ou não usar nosso celular, mas sim: qual voz estamos escolhendo ouvir quando deslizamos o dedo pela tela?

A multidão solitária caminha pelas ruas das cidades, cada indivíduo conectado ao mundo inteiro através de um pequeno aparelho, mas desconectado dos que estão ao seu lado. Esta é a paradoxal condição do homem contemporâneo. David Riesman, A Multidão Solitária, p. 245.

A Senhora Sabedoria “edificou a sua casa” e “lavrou as suas sete colunas” – uma construção sólida, permanente, fundamentada. Seu convite é para um banquete nutritivo: “comei do meu pão e bebei do vinho que misturei”. No ambiente digital, esta voz ainda ressoa através de conteúdos que edificam a fé, conectam-nos genuinamente com a comunidade e nos direcionam para Cristo. Quando nosso celular serve como instrumento para crescimento espiritual, oração comunitária, ou encorajamento mútuo no corpo de Cristo, estamos respondendo ao chamado da Sabedoria.

Contudo, a Mulher Loucura também estabeleceu seu domicílio nas alturas digitais. Ela é “apaixonada” – impulsiva, emocional, sem autocontrole. Seu apelo é sedutor: “as águas roubadas são doces, e o pão comido às ocultas é agradável”. A Loucura promete prazer imediato através do proibido, do escondido, do que nos desconecta da realidade. Quantas vezes pegamos o celular para “só dar uma olhadinha rápida” e nos perdemos por horas em conteúdos que alimentam ansiedade, inveja, descontentamento ou pensamentos impuros?

O versículo final de Provérbios 9 é assombrosamente profético para nossa era digital: “Eles, porém, não sabem que ali estão os mortos, que os seus convidados estão nas profundezas do inferno.” A Loucura digital mata gradualmente – mata relacionamentos reais, mata a capacidade de concentração, mata a intimidade com Deus, mata a satisfação com as bênçãos presentes. Não percebemos que estamos morrendo porque a morte vem disfarçada de entretenimento e conexão.

O discernimento cristão é a capacidade dada pelo Espírito Santo de distinguir entre o verdadeiro e o falso, o útil e o prejudicial, o temporal e o eterno. Em uma época de sobrecarga informacional, este dom torna-se ainda mais crucial para a vida cristã madura. John Piper, Desiring God, p. 298.

O celular, em si mesmo, é moralmente neutro – é uma ferramenta. Mas como toda ferramenta poderosa, pode edificar ou destruir, conectar ou isolar, informar ou desinformar. A diferença está na intenção do coração e na sabedoria do uso. Quando Calvino escreveu sobre a providência de Deus, ensinou que nada escapa ao controle divino – nem mesmo nossa relação com a tecnologia. Deus pode usar nossos dispositivos para nos santificar, disciplinar e moldar à imagem de Cristo.

Toda criação de Deus é boa quando recebida com gratidão e usada segundo sua vontade. A tecnologia, sendo produto da criatividade humana dada por Deus, deve ser empregada para a glória divina e o bem do próximo. O problema não está nas ferramentas, mas no coração humano que as utiliza.

O homem é um animal que faz ferramentas, mas suas ferramentas acabam por moldá-lo. A tecnologia que criamos para nos servir frequentemente termina por nos escravizar, alterando não apenas nossos comportamentos, mas nossa própria forma de perceber a realidade. Marshall McLuhan, Understanding Media, p. 156.

A tensão: duas vozes continuam clamando por nossa atenção cada vez que desbloqueamos nosso celular. Mas há uma terceira voz que transcende tanto a Sabedoria quanto a Loucura de Provérbios 9 – a voz de Jesus Cristo, que declarou: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Cristo não apenas nos ensina sobre sabedoria; Ele é a própria sabedoria de Deus encarnada.

Quando compreendemos que nossa identidade não depende dos likes que recebemos, que nossa segurança não vem da validação digital, e que nossa alegria não pode ser roubada pelas conquistas alheias exibidas nas redes sociais, encontramos liberdade genuína. O evangelho nos liberta tanto da escravidão à tecnologia quanto da fuga dela. Podemos usar nosso celular como peregrinos conscientes, não como escravos inconscientes.

A santificação progressiva do cristão inclui aprender a usar todas as coisas – incluindo a tecnologia – para a glória de Deus. Não somos chamados a escapar do mundo, mas a ser transformados nele. Michael Horton, The Christian Faith, p. 456.

A cruz de Cristo revela que Deus conhece nossa fragilidade, nossa tendência à distração, nossa propensão a buscar identidade em fontes erradas. Mas também revela que Ele nos ama o suficiente para nos transformar. O mesmo poder que ressuscitou Jesus dos mortos pode nos dar sabedoria para navegar no mundo digital com propósito e discernimento.

O evangelicalismo moderno precisa desenvolver uma teologia robusta da tecnologia que não seja nem tecnofóbica nem tecnolátrica, mas que submeta toda inovação humana ao senhorio de Cristo. R. C. Sproul, A Santidade de Deus, p. 234.

Como cristãos portadores de celulares, precisamos desenvolver práticas espirituais intencionais que santifiquem nossa relação com a tecnologia. Primeiro, estabeleça “sabbaths digitais” regulares – momentos específicos em que você conscientemente se desconecta para se conectar com Deus, família e natureza. Isso pode ser uma hora pela manhã, um dia por semana, ou períodos específicos para oração e meditação.

Segundo, pratique o discernimento ativo ao escolher quem seguir nas redes sociais. Faça uma auditoria espiritual de seus feeds: as vozes que você escolhe ouvir te aproximam de Cristo ou te afastam dEle? Priorize conteúdos que edificam sua fé, desafiam seu crescimento espiritual e conectam você genuinamente com o corpo de Cristo.

A verdadeira liberdade não consiste em poder fazer tudo o que queremos, mas em querer fazer aquilo que devemos. A tecnologia nos oferece infinitas possibilidades, mas a sabedoria nos ensina a escolher com discernimento. Viktor Frankl, Em Busca de Sentido, p. 178.

Terceiro, use seu celular como ferramenta de missão e edificação. Compartilhe verdades bíblicas, encoraje irmãos na fé, conecte-se com sua igreja local digitalmente. Transforme seu dispositivo em um instrumento do Reino, não apenas um canal de consumo passivo.

Quarto, desenvolva consciência temporal. Antes de pegar o celular, pergunte-se: “Por que estou fazendo isso agora? Qual é meu objetivo? Quanto tempo pretendo gastar?” Use aplicativos que monitoram seu tempo de tela não para condenação, mas para consciência e crescimento.

Finalmente, cultive relacionamentos reais que transcendem o digital. Use a tecnologia para facilitar encontros presenciais, não para substituí-los. Quando estiver com pessoas fisicamente, pratique a presença plena, resistindo à tentação de dividir atenção com notificações.

Lembre-se: você foi criado para mais do que entretenimento infinito e validação digital. Você foi criado para conhecer e glorificar a Deus, amar ao próximo e viver com propósito eterno. Seu celular pode ser um servo fiel nesta jornada, mas nunca pode ser seu mestre.

Pai celestial, confesso que muitas vezes uso meu celular de forma inconsciente e prejudicial. Perdoa-me por buscar em notificações e likes a validação que só Tu podes dar. Perdoa-me por perder tempo precioso em distrações vazias quando poderia estar crescendo em Tua graça ou servindo ao próximo. Concede-me sabedoria para discernir entre as vozes que clamam por minha atenção no mundo digital. Ajuda-me a reconhecer Tua voz em meio ao ruído e a seguir apenas aquilo que me aproxima de Ti. Que eu use a tecnologia como ferramenta do Teu Reino, não como escape de Tuas responsabilidades. Protege meu coração da ansiedade, inveja e descontentamento que podem surgir nas redes sociais. Que minhas postagens reflitam Teu caráter, meus compartilhamentos edifiquem outros, e minha presença online seja um testemunho do Teu amor. Acima de tudo, que eu encontre minha identidade, segurança e alegria em Cristo, não em tecnologia. Que Tua Palavra seja minha fonte primária de sabedoria, e Teu Espírito meu principal consolador e guia. Em nome de Jesus, que é a Sabedoria de Deus encarnada, amém.

Somente Cristo! Pr. Reginaldo Soares.

Leia também:

  • QUANDO O REI NOS ENSINA A SERVIR
  • AMOR – A MARCA DO DISCIPULADO
  • SALMO 23: A jornada através das estações da vida
Reginaldo

Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!

Bíblia, Devocionais Tags:Bíblia, Devocional, Jesus

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Meu nome é Reginaldo Soares, sou pastor presbiteriano desde 2000, nos últimos 21 anos pastoreando a IPB Engenheiro Pedreira. Espero poder compartilhar um pouco da boa Palavra de nosso Senhor Jesus Cristo com você.

Meu nome é Reginaldo Soares, sou pastor presbiteriano desde 2000, nos últimos 21 anos pastoreando a IPB Engenheiro Pedreira. Espero poder compartilhar um pouco da boa Palavra de nosso Senhor Jesus Cristo com você.

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Reginaldo

Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!

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