JESUS NAS BODAS DE CANÁ
O restaurador da alegria familiar. João 2:1-11.
O casamento é o palco onde se desenrolam os grandes dramas da vida. Para alguns, representa o sonho almejado; para outros, tornou-se pesadelo. Nas Bodas de Caná, encontramos Jesus participando de uma celebração matrimonial – um gesto profundamente significativo que revela seu interesse pelos momentos mais íntimos de nossas vidas.
A primeira lição desta narrativa é fundamental: Jesus deve ser o convidado mais importante em nosso casamento. Nas Bodas de Caná, sua presença salvou uma família do constrangimento e transformou escassez em abundância. Como escreveu C.S. Lewis: “Um casamento funciona melhor quando ambos estão completamente submetidos a Deus do que quando ambos estão submetidos um ao outro.”
A transformação do ordinário
Mesmo com Jesus presente nas Bodas de Caná, problemas aconteceram – o vinho acabou. Este símbolo de alegria, esgotado durante a festa, reflete a realidade de tantos casamentos contemporâneos onde a alegria se dissipou. O desencanto, a decepção e a amargura substituíram o que antes era celebração.
O olhar atento de Maria nas Bodas de Caná nos ensina a discernir quando a alegria está se esvaindo. Ela notou, antes dos outros, que o vinho havia acabado — sinal de que a celebração estava ameaçada. Esse gesto aparentemente simples revela uma sensibilidade espiritual rara: perceber os primeiros sinais de crise antes que o cenário se deteriore completamente. Muitos relacionamentos naufragam porque os cônjuges não percebem as fissuras ainda pequenas, ignorando as ausências afetivas, os silêncios prolongados ou os desgastes não tratados. A sensibilidade espiritual de Maria a levou à ação correta: buscar Jesus, aquele que transforma a falta em abundância. Sua atitude aponta o caminho para os casais: não esperar o colapso, mas recorrer a Cristo enquanto ainda há tempo. Nas palavras de Bonhoeffer: “O casamento é mais do que o amor de vocês um pelo outro. Tem maior dignidade e poder, pois é a santa ordenança de Deus.” Isso significa que o casamento é sustentado não apenas pelo sentimento humano, mas por uma aliança divina que requer vigilância, oração e fé ativa.
O milagre da obediência
O milagre nas Bodas de Caná exigiu obediência. Os servos poderiam ter questionado o pedido aparentemente absurdo de encher talhas com água quando o que faltava era vinho. Mas sua obediência abriu caminho para a manifestação do poder transformador de Cristo. Quando obedecemos à Palavra de Deus em nossos casamentos, o vinho da alegria volta a jorrar em nossos lares. Esta obediência é um ato de fé – não compreendemos plenamente, mas confiamos.
A qualidade do novo vinho
O extraordinário nas Bodas de Caná não foi apenas a transformação da água em vinho, mas a qualidade superior deste vinho. Com Jesus, o melhor sempre vem depois. O mestre de cerimônias exclamou surpreso: “Todo homem serve primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já beberam bem, serve o inferior; tu, porém, guardaste o bom vinho até agora” (João 2:10).
Quando Cristo reina numa família, o relacionamento conjugal não declina, mas amadurece e se aprofunda. Os melhores dias não ficam no passado – estão por vir!
Assim como nas Bodas de Caná, convide Jesus para o centro de seu casamento. Não importa se o vinho da alegria já se esgotou – Ele pode transformar sua realidade. Que passos práticos você dará hoje para colocar Cristo no centro de seu relacionamento? Comprometa-se a orar diariamente com seu cônjuge, estudar juntos a Palavra e submeter suas decisões à vontade de Deus.
Senhor Jesus, assim como estiveste presente nas Bodas de Caná, vem habitar em nosso lar. Transforma nossa água em vinho, nossa tristeza em alegria, nossa indiferença em amor. Ajuda-nos a discernir quando estamos perdendo a alegria e a buscar-Te imediatamente. Dá-nos força para obedecer à Tua Palavra, mesmo quando não compreendemos. Cremos que Tu podes fazer o melhor de nossa vida conjugal ainda estar por vir. Amém.
Somente Cristo! Pr. Reginaldo Soares.
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Meu chamado para o ministério pastoral veio em 1994, sendo encaminhado ao conselho da Igreja Presbiteriana (IPB) em Queimados e em seguida ao Presbitério de Queimados (PRQM). Iniciei meus estudos no ano seguinte, concluindo-os em 1999. A ordenação para o ministério pastoral veio em 25 de junho de 2000, quando assumi pastoreio na IPB Inconfidência (2000-2003) e da IPB Austin (2002-2003). Desde de 2004 tenho servido como pastor na Igreja Presbiteriana em Engenheiro Pedreira (IPEP), onde sigo conduzido esse amado rebanho pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Sou casado há 22 anos com Alexsandra, minha querida esposa, sou pai de Lisandra e Samantha, preciosas bênçãos de Deus em nossas vidas. Me formei no Seminário Teológico Presbiteriano Ashbel Green Simonton, no Rio de Janeiro, e consegui posteriormente a validação acadêmica pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Pela bondade de nosso Senhor, seguimos compartilhando fé, amor e buscando a cada dia crescimento espiritual. Somente Cristo!
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